terça-feira, 2 de junho de 2009





Aqui está minha vida
Esta areia tão clara com desenhos de
andar
Dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
Esta concha vazia, sombra de som
Curtindo seu próprio lamento.
Aqui está minha dor,
Este coral quebrado,
Sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
Este mar solitário
Que de um lado era amor, e de outro,
Esquecimento.

Cecilia Meirelles

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