terça-feira, 17 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Feminista libertária, escritora polêmica e oradora prestigiada

Maria Lacerda de Moura - Minas Gerais, a 16 de maio de 1887, Rio de Janeiro 1945

Maria Lacerda de Moura nasceu em Manhuaçu, Minas Gerais em 1887 e morreu aos 58 anos, no Rio de Janeiro, então a capital do Brasil. Educadora, conferencista, jornalista e escritora deixou uma obra apreciável, principalmente entre 1920 e 1935, sendo apreciada e também mal vista do Norte ao Sul deste país imenso. Os títulos de suas obras principais evidenciam suas atitudes rebeldes de denúncia das diversas formas de opressão sobre mulheres e oprimidos, pela família, pelo Estado e pela Igreja Católica.

Feminista libertária, escritora polêmica e oradora prestigiada, Maria Lacerda de Moura se destaca por uma vibrante atuação nos meios políticos, culturais e literários brasileiros, desde as primeiras décadas do século 20, destacando-se pela rebeldia que caracteriza sua experiência pessoal e os inúmeros artigos e livros que publicou. Nascida em Minas Gerais, a 16 de maio de 1887, forma-se pela Escola Normal de Barbacena, em 1904 e logo se interessa pelas idéias anticlericais e pedagógicas dos anarquistas, especialmente de Francisco Ferrer y Guardía, fuzilado pelo governo espanhol, em 1909.
Como líder comunitária, iniciou um trabalho junto às mulheres da região, incentivando um mutirão de construção de casas populares para a população carente da cidade e fundou a Liga Contra o Analfabetismo. Como educadora, mudou-se para São Paulo e começou a dar aulas particulares e a colaborar na imprensa operária e anarquista brasileira e internacional. Publicou (1918-1919) dois livros sobre a instrução das mulheres como instrumento transformador de suas vidas e assumiu a presidência da Federação Internacional Feminina, entidade criada por mulheres das cidades de Santos e São Paulo. Inseriu em seus estatutos (1921) a proposta de modificação do currículo de todas as escolas femininas, incluindo uma disciplina sobre a História da Mulher. Lançou a revista Renascença (1923), publicação cultural divulgada no movimento anarquista e entre setores progressistas e livre-pensadores. Deixou o magistério público, mas continuou atuando como educadora através da imprensa operária.


Nenhum comentário:

 
DESAPARECIDOS: Clique aqui e coloque no seu Blog!