sábado, 26 de dezembro de 2009

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Meu pequeno grande Natal!

Se você olhar atentamente verá bem no topo do arranjo dois pequenos cubos: um azul e outro roxo. Eles me foram presenteados por Belle. Ela retirou delicadamente de sua arvore de natal e me disse:
- Toma vovó esse presentinho, não tem nada dentro, mas é um presentinho.
Eu trouxe "o presentinho" para casa e incorporei ao meu arranjo. E desde então fico a contemplar o arranjo com "os presentinhos" e pensar com meus botões: não, não estão vazios, estão cheios de amor, carinho, doçura, sonhos, e fantasias... e por causa de Belle e de seus presentinhos mágicos o meu pequeno natal se transformou num Grande Natal!

PS. Belle tem três anos e meio, é minha primeira e unica neta, é também o meu melhor presente de todos os Natais...










terça-feira, 24 de novembro de 2009

Verde que te quero verde.



Romance sonâmbulo

Federico Garcia Lorca

(A Gloria Giner e a
Fernando de los Rios)



Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.

Verde que te quero verde.
Grandes estrelas de escarcha
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho da alva.
A figueira raspa o vento
a lixá-lo com as ramas,
e o monte, gato selvagem,
eriça as piteiras ásperas.

Mas quem virá? E por onde?...
Ela fica na varanda,
verde carne, tranças verdes,
ela sonha na água amarga.
— Compadre, dou meu cavalo
em troca de sua casa,
o arreio por seu espelho,
a faca por sua manta.
Compadre, venho sangrando
desde as passagens de Cabra.
— Se pudesse, meu mocinho,
esse negócio eu fechava.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Compadre, quero morrer
com decência, em minha cama.
De ferro, se for possível,
e com lençóis de cambraia.
Não vês que enorme ferida
vai de meu peito à garganta?
— Trezentas rosas morenas
traz tua camisa branca.
Ressuma teu sangue e cheira
em redor de tua faixa.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Que eu possa subir ao menos
até às altas varandas.
Que eu possa subir! que o possa
até às verdes varandas.
As balaustradas da lua
por onde retumba a água.

Já sobem os dois compadres
até às altas varandas.
Deixando um rastro de sangue.
Deixando um rastro de lágrimas.
Tremiam pelos telhados
pequenos faróis de lata.
Mil pandeiros de cristal
feriam a madrugada.

Verde que te quero verde,
verde vento, verdes ramas.
Os dois compadres subiram.
O vasto vento deixava
na boca um gosto esquisito
de menta, fel e alfavaca.
— Que é dela, compadre, dize-me
que é de tua filha amarga?
— Quantas vezes te esperou!
Quantas vezes te esperara,
rosto fresco, negras tranças,
aqui na verde varanda!

Sobre a face da cisterna
balançava-se a gitana.
Verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Ponta gelada de lua
sustenta-a por cima da água.
A noite se fez tão íntima
como uma pequena praça.
Lá fora, à porta, golpeando,
guardas-civis na cachaça.
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar.
E o cavalo na montanha.



Federico Garcia Lorca
nasceu na região de Granada, na Espanha, em 05 de junho de 1898, e faleceu nos arredores de Granada no dia 19 de agosto de 1936.
A poesia acima foi extraída de sua "Antologia Poética", Editora Leitura S. A. - Rio de Janeiro, 1966, pág. 53, tradução e seleção de Afonso Felix de Sousa.



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Que é que tem ser piegas? Eu sou....

Pooode?

Dilma canditada a Presidencia da Republica pelo PT

"É importante todo mundo saber que quero a Dilma como candidata, estou trabalhando para isso,...."
Afirmação do Presidente Lula.
Como diria a da Lorca: Isto não pode.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Poeminha amoroso

Meu Velho Pião Conquista Contando as Contas Anjo da Guarda Miragem Rumo da Vida Via-Crucis Sino da Minha Sina Alma O Trem Berimbau Voz da Razão Vil Metal Estribilho

Poeminha amoroso

Este é um poema de amor

tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta
e de brisa e de céu...

E eu,
quero te servir a poesia

numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.


Talvez tu possas entender o meu amor.

Mas se isso não acontecer, não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas deste pequeno poema,
o verso; te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

Cora Coralina (1889-1985)


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tudo Azul

Natal: Decoração de Natal em azul

Decoração de Natal de inspiração azul e dourado. Chic e diferente...


Lula é quem decidirá se Cesare Battisti será extraditado

Rodrigo Haidar, iG Brasília

A maioria dos ministros entendeu que, mesmo depois de o STF acolher o pedido de extradição feito pela Itália, o tratado bilateral de extradição assinado pelos dois países dá ao presidente o direito de se negar a entregá-lo, desde que demonstre que há razões para isso. A perseguição política é uma delas.

Ao concluir o julgamento do caso Battisti, o Supremo, primeiramente, decidiu acolher o pedido de extradição feito pela Itália. Mas entendeu que cabe ao tribunal apenas examinar a legalidade e procedência do pedido. A entrega do estrangeiro ao país que requer a extradição fica a critério do presidente, desde que ele respeite os termos do tratado assinado entre os países.

O ministro Carlos Britto foi o fiel da balança. Foi o único que votou a favor da extradição do italiano e que, depois, decidiu que o presidente é quem dá a última palavra. “O STF apenas se pronuncia previamente, mas não extradita”, afirmou Carlos Britto. A ministra Cármen Lúcia ressaltou que cabe ao governo entregar o estrangeiro. “E o governo não é o Supremo Tribunal Federal”.

Além de Britto, a ministra Cármen Lúcia e os ministros Eros Grau, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio decidiram que a decisão é do Poder Executivo. Votaram no sentido de que o presidente teria, obrigatoriamente, que cumprir a decisão do STF os ministros Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Ellen Gracie.

O presidente Lula havia declarado se, se a decisão do tribunal fosse “determinativa”, seria obrigado a entregar Cesare Battisti. Como não foi, fica a expectativa sobre se o presidente desautorizará ou não o ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu o refúgio a Battisti com a alegação de que ele sofreu perseguição política na Itália.

O julgamento

Depois de três longas sessões, o STF concluiu o julgamento do pedido de extradição de Cesare Battisti. Na prática, o Supremo delineou os limites do poder e da autonomia do presidente da República no comando das relações internacionais do país.

O tribunal entendeu que pode rever a decisão do Poder Executivo de dar refúgio a cidadãos estrangeiros. Inovou nessa questão. Até o caso Battisti, o STF sequer analisava o processo de extradição de pessoas com status de refugiados. Ao mudar sua jurisprudência, o Supremo definiu que a justificativa para a concessão do refúgio pode passar pelo crivo da Justiça, derrubando a prerrogativa do Executivo. Por outro lado, decidiu que, se tiver motivos, o presidente pode se negar a extraditar o estrangeiro.

Não há registro histórico recente de qualquer caso no qual o presidente da República tenha se recusado a entregar o cidadão estrangeiro depois de o STF conceder o pedido de extradição. Mas também foi a primeira vez que o tribunal anulou um ato de refúgio concedido pelo governo brasileiro. Por qualquer ângulo que se olhe, o julgamento do caso Battisti é recheado de novidades e acirra o embate crescente entre o Judiciário e os poderes Executivo e Legislativo.

BRASÍLIA - Em última instância, quem decide se extradita um estrangeiro preso no Brasil é o presidente da República. Foi o que decidiu nesta quarta-feira, por cinco votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal. No caso da extradição do ex-militante italiano Cesare Battisti, o presidente Lula poderá se negar a entregá-lo à Itália se “tiver razões ponderáveis para supor” que ele sofrerá perseguição naquele país.


Boca

Boca

Ex abundantia cordis os loquitur.
(a boca fala do que o coração esta cheio)

Desprezo



"A indiferença é a maneira mais polida de desprezar alguém"

Mário Quintana


A vida

Fotorecopilatorio 34

A vida, não tentes compreendê-la, e então ela será como uma festa.
E que cada dia te aconteça como a uma criança que, ao caminhar,
de cada sopro de vento vai recebendo presentes de flores.

Apanhá-las e guardá-las, nem nisso pensa a criança.
Tira-as devagar do cabelo onde se sentiam tão bem,
e estende as mãos aos jovens anos para receber novas flores.


Rainer Maria Rilke

domingo, 15 de novembro de 2009

Veritas semper una est.
A verdade é clara, e a mentira, sombra.


sábado, 14 de novembro de 2009

Receita de Casa


Uma casa deve ter varandas
para sonhar, cantos para chorar,
quartos para os segredos
e a ambivalência.

Um amor precisa espaço de voar,
liberdade para querer ficar,
alegria, e algum desassossego
contra o tédio.

Não se esqueçam os danos a cobrir,
o medo de partir, e o dom de surpreender
- que á a sua essência.

Lya Luft

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Extradição

Battisti: Tarso espera reversão de tendência no STF

ELDER OGLIARI - Agencia Estado

PORTO ALEGRE - O ministro da Justiça, Tarso Genro, acredita que o voto do ministro Marco Aurélio Mello pode reverter a tendência de autorização à extradição do ativista político Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália. O julgamento está empatado no Supremo Tribunal Federal (STF) por quatro votos a quatro e a decisão caberá ao presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, que já indicou ser favorável à extradição, na sessão do dia 18.

"Se a fundamentação do ministro Marco Aurélio for olhada sem preconceitos ideológicos, de maneira jurídica e constitucional, eu acho que poderá inclusive ocorrer mudança de votos de pessoas que já votaram", avaliou Tarso hoje, em Porto Alegre.

No voto que proferiu na tarde de quinta-feira, Marco Aurélio Mello argumentou que Battisti é criminoso político e, por isso, não pode ser extraditado. Lembrou ainda que há jurisprudência indicando que, concedido o refúgio, o processo de extradição deve ser arquivado, advertindo que "o Supremo não há de substituir-se ao Executivo adentrando seara que não lhe está reservada constitucionalmente".

......

Brocardos

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRgW4sEOk1Y8DwFDqWqY7D1qzGv40Qk6JFrlNgsiW95Pd70ZkNsaJV_nOdFyr7kTdV8v2J2RaM7t7cweHl0xAE2e-Tebf4oSI7Vt75YsL_lXbOveMMDqxl6EIUyI7aFTho3EAcSJmSHJce/s400/beew.jpg
imagem google

Ubi mel, ibi apes.


Onde há mel, há abelhas.


Boca


Boca

Ex abundantia cordis os loquitur.
(a boca fala do que o coração estã cheio)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Movimento + Feliz

+ Feliz é um movimento apartidário e não governamental que uniu empresas dos mais diferentes setores da nossa economia – indústria, comércio e serviços. Juntou profissionais que normalmente não se juntam. Reuniu pessoas que não se conheciam.

Tudo e todos em torno de um único objetivo: disseminar a felicidade ou, em termos práticos, incentivar a participação, o envolvimento e a doação para causas sociais. Já somos milhares, mas queremos ser milhões: assim como a felicidade, este movimento cresce quando dividido.

O primeiro beneficiado do nosso movimento será o Bairro-Escola, coordenado pela Cidade Escola Aprendiz, que transforma espaços ociosos e deteriorados em locais educativos para a comunidade. Uma praça abandonada, um teatro desativado, um beco sombrio viram locais de aprendizagem, de convívio produtivo, de desenvolvimento de habilidades.

Queremos reproduzir este projeto em todo o Brasil. É uma verdadeira engenharia comunitária, que literalmente transforma um bairro numa escola. Não por acaso, a Cidade Escola Aprendiz já frequenta as salas da Universidade de São Paulo. E tem o reconhecimento do UNICEF, da UNESCO e da Harvard. Participando do Movimento , estaremos juntos acelerando o crescimento da Cidade Escola Aprendiz.

Para ajudar, você pode doar dinheiro ou um pouco do seu tempo. Envolva seus amigos, sua empresa neste movimento. Ajude-nos a provar que as causas sociais são um excelente investimento. Rende até o que o dinheiro não pode comprar.

via http://blog.maisfeliz.org/movimento/

Carmem de Bizet, Juliana de Gilberto Gil, e Juliana Oliveira - tragedias na arte e na vida real....

Carmem de Bizet - Carmem uma cigana desprovida de qualquer moral, sem a menor sombra de remorso ou piedade, enfeitiçava e levava os homens à perdição. Em vez de final feliz, um assassinato em cena. Carmem é morta a punhaladas pelo homem que ela amava.

"Bizet quer pintar homens e mulheres de verdade, alucinados, atormentados pelas paixões, pela loucura. Assim, a orquestra conta suas angústias, seus ciúmes, suas cóleras e a insensatez geral", foi a avaliação publicada no Le National, de Paris.



____________________________

"A vida imita a arte"

Juliana - não é uma obra de ficção, nasceu em 1989, foi abandonada pela mãe aos quatro meses de idade, seu pai foi assassinado antes quela completasse dois anos de idade. Foi adotada, foi rejeitada, se envolveu com as drogas, foi recuperada, achou que tinha encontrado o amor....
Foi jogada do 9º andar, não caiu na rua atrapalhando o trânsito, caiu na laje da garagem, caiu gemendo, gemendo como em toda sua vida...
PS. Seu marido é o suspeito e foi indiciado... A justiça dirá se ele que foi a razão da sua vida, foi também a razão de sua morte...




terça-feira, 10 de novembro de 2009

Tu julgarás a ti mesmo

Tu julgarás a ti mesmo, respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro sábio.

Exupery

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Amigos ( Oscar Wilde )



"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.''

Oscar Wilde

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O valor do silencio


Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.

Oscar Wilde


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Crepusculo


Teus olhos, borboletas de ouro, ardentes
Borboletas de sol, de asas magoadas,
Pousam nos meus, suaves e cansadas
Como em dois lírios roxos e dolentes…


E os lírios fecham… Meu amor não sentes?
Minha boca tem rosas desmaiadas,
E a minhas pobres mãos são maceradas
Como vagas saudades de doentes…


O silêncio abre as mãos… entorna rosas…
Andam no ar carícias vaporosas
Como pálidas sedas, arrastando…


E a tua boca rubra ao pé da minha
É na suavidade da tardinha.
Um coração ardente palpitando…


Florbela Espanca - A mensageira das violetas




terça-feira, 27 de outubro de 2009

Solidão



A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.


Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:

então, a solidão vai com os rios...

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Milagres acontecem. Você duvida?



Um carrinho com um bebé de seis meses resvalou para uma linha de comboio em Melbourne, na Austrália, fazendo prever o pior. Apesar do susto, a criança sobreviveu quase sem ferimentos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Revelação


Composição: Clodô e Clésio

Um dia vestido
De saudade viva
Faz ressuscitar
Casas mal vividas
Camas repartidas
Faz se revelar

Quando a gente tenta
De toda maneira
Dele se guardar
Sentimento ilhado
Morto, amordaçado
Volta a incomodar


terça-feira, 20 de outubro de 2009

a la insolente muerte

EL PUENTE

http://ronaldorossi.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/02/pessego-300x225.jpg

Para cruzalo o para no cruzarlo

ahí está el puente

en la otra orilla alguien me espera

con un durazno y un país

traigo conmigo ofrendas desusadas

entre ellas un paraguas de ombligo de madera

un libro con los pánicos en blanco

y una guitarra que no sé abrazar

vengo con las mejillas del insomnio

los pañuelos del mar y de las paces

Ias tímidas pancartas del dolor

las liturgias del beso y de la sombra

nunca he traído tantas cosas

nunca he venido con tan poco

ahí esta el puente

para cruzarlo o para no cruzarlo

yolIo voy a cruzar

sin prevenciones

en la otra orilla alguien me espera

con un durazno y un país

(De Preguntas al azar – 1984-1985)

SOY MI HUESPED

Soy mi huésped nocturno

en dosis mínimas

y uso la noche

para despojarme

de la modestia

y otras vanidades

aspiro a ser tratado

sin los prejuicios

de la bienvenida

y con las cortesías

del silencio

no colecciono padeceres

ni los sarcasmos

que hacen mella

soy tan solo

mi huésped

y traigo una paloma

que no es prenda de paz

sino paloma

como huésped

estrictamente mío

en la pizarra de la noche

trazo una línea

blanca

(De La Vida ese Parentesis)


POR QUE CANTAMOS

Si cada hora viene con su muerte

si el tiempo es una cueva de ladrones

los aires ya no son los buenos aires

la vida es nada más que un blanco móvil

usted preguntará por qué cantamos

si nuestros bravos quedan sin abrazo

la patria se nos muere de tristeza

y el corazón del hombre se hace añicos

antes aún que explote la vergüenza

usted preguntará por qué cantamos

si estamos lejos como un horizonte

si allá quedaron árbores y cielo

si cada noche es siempre alguna ausencia

y cada despertar un desencuentro

usted preguntará por qué cantamos

cantamos porque el río está sonando

y cuando suena el río / suena el río

cantamos porque el cruel no tiene nombre

y en cambio tiene nombre su destino

(De Retratos y Canciones)

EN PIE

Sigo en pie

por latido

por costumbre

por no abrir la ventana decisiva

y mirar de una vez a la insolente

muerte

esa mansa

dueña de la espera

sigo en pie

por pereza en los adioses

cierre y demolición

de la memória

no es un mérito

otros desafían

la claridad

el caos

o la tortura

seguir en pie

quiere decir coraje

o no tener

donde caerse

muerto

(De A Ras de Sueño, 1967)

Mario Bennedeti

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mister Minc(onheiro)

Só umas perguntinhas, responda quem souber:

1- Se a maconha for descriminalizada, ela vai ser vendida em supermercado, farmácia, banca de revista, bar, ou lanchonete?
2 - Se o produto vendido não for de boa qualidade, o consumidor pode reclamar no Procon?
3 - Descriminalizar não é meio caminho andado para legalizar?

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores....

"São efêmeras as flores da roseira."
(Horácio)



"As flores que têm florescimento espetacular fenecem rapidamente."
(Plínio, o velho)

"Flores parecem planejadas para o consolo de humanidade ordinária."
(John Ruskin)

"Flores são as coisas mais doces que Deus fez, e esqueceu de pôr uma alma nelas." (Henry Beecher)

"Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cultivá-las." (Augusto Cury)

"Sempre há flores para aqueles que querem vê-las."
(Henri Matisse)


Nós podemos conceber o que a humanidade seria se não conhecesse as flores?" (Maurice Maeterlinck)

Se alguém ama a uma flor, daquela que existe apenas mais que um exemplar entre milhões e milhões de estrelas, é bastante para que seja feliz quando olhar para as estrelas."
(Antoine de Saint-Exupéry)


"A terra é insultada e oferece suas flores como resposta."
(Rabindranath Tagore)


"A fragrância sempre permanece na mão de quem oferece flores."
(Hadia Bejar)

A terra sorri nas flores."
(E. E. Cummings)


"Ser superado pela fragrância das flores é uma forma deleitável de derrota." (Beverly Nichols)

"Criar uma pequenina flor é um trabalho de eras."
(William Blake)




"Colhei a flor, que, se não for colhida, cairá por si mesma, deformada." (Ovídio)

"Às flores de um dia, que não duraram, que não feriram, que te beijaram, que se perderam."
(Joaquín Sabina)

O chamado e a secularização - John Piper


John Piper insta com seus companheiros pastores para abandonarem a secularização do pastorado e perseguirem o chamado profético bíblico para um ministério radical.

"Nós pastores estamos sendo mortos pela profissionalização do ministério pastoral. A mentalidade do profissional não é a mentalidade do profeta. Isso não é a mentalidade de um servo de Cristo. O profissionalismo não tem nada a ver com a essência e o coração do ministério cristão. Quanto mais profissionais queremos ser, mais morte espiritual nós vamos trazer para o chamado. Porque não há como imitar uma criança sendo profissional, não há como ter um coração terno sendo profissional, não há como ansiar por Deus sendo profissional.

Irmãos, vocês não são profissionais. Vocês são apátridas. Vocês são extra-terrestres e exilados do mundo. Nossa cidadania está no céu, onde esperamos ansiosamente pelo Senhor (Fil. 3:20). Você não pode profissionalizar o amor pela sua manifestação, sem o matar. E está sendo morto.

O mundo dita a agenda do homem profissional. Deus dita a agenda do homem espiritual. O vinho forte de Jesus Cristo explode o vinho carnal do profissionalismo.



Via Em Busca de Deus, do original Desiring God.

NÃO SEI DANÇAR



(...)
Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria...
Abaixo Amiel!
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff.

Sim, já perdi pai, mãe, irmãos.
Perdi a saúde também.
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band.

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu tomo alegria!
(....)

Manuel Bandeira

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Canção de Amor da Jovem Louca


Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro

Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)

Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.

Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.

Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro: (Acho que te criei no interior de minha mente.)

Sylvia Plath (tradução de Maria Luíza Nogueira)


100 Maiores Músicas Brasileiras

A canção é o termômetro de uma nação. Nós nos sentimos bem? Estamos mal? Precisamos lutar? Então, ouça nossas canções e nos conheça. Através dos tempos, a canção popular vem redesenhando a cara do Brasil, refletindo nossas incertezas e anseios, esperando que os tempos turbulentos fossem embora e que a celebração finalmente fincasse bandeira. Estas 100 canções atestam a perenidade da nossa música. É um justo tributo a seus criadores e também a seus intérpretes. Abaixo, você confere as dez primeiras posições da nossa lista, com trechos dos textos e das músicas.

As 100 Maiores Músicas Brasileiras na edição de aniversário da  Rolling Stone Brasil
As 100 Maiores Músicas Brasileiras na edição de aniversário da Rolling Stone Brasil

Nº 1 - "Construção" - Chico Buarque

Nº 2 - "Águas de Março" - Elis Regina & Tom Jobim

Nº 3 - "Carinhoso" - Pixinguinha

Nº 4 - "Asa Branca" - Luiz Gonzaga

Nº 5 - "Mas Que Nada" - Jorge Ben

Nº 6 - "Chega de Saudade" - João Gilberto

Nº 7 - "Panis et Circencis" - Os Mutantes

Nº 8 - "Detalhes" - Roberto Carlos

Nº 9 - "Canto de Ossanha" - Baden Powell/ Vinicius de Moraes

Nº 10 - "Alegria, Alegria" - Caetano Veloso


fonte: http://www.rollingstone.com.br/edicoes/37/textos/100-maiores-musicas-brasileiras/


 
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